A TEOLOGIA DA LIBERAÇÃO

 

 

 

           

            Nos últimos tempos tem se disseminado um conceito equivocado de salvação. Um conceito que enfatiza só o momento do encontro com Cristo, mas não considera o posterior caminho a ser percorrido, o qual caracteriza a carreira da fé. No meu livro, “Jesus O Mestre da Vida”, exponho enfaticamente que a vida cristã se define por três palavras básicas: encontro, entrega e caminho.

            Infelizmente a teologia de muitas igrejas atualmente enfatiza só o encontro, trazendo o conceito de que uma vez salvo, salvo estará para sempre. Não consideram as responsabilidades do caminho, a necessidade de obediência; só consideram os benefícios da salvação, mas desconsideram a necessidade de santificação constante, vigilância e militância na fé.

Esta teologia interpreta as  virgens loucas, (Mateus 25), como aqueles que apenas não estarão nas bodas do Cordeiro, mas mesmo assim estarão salvos. O tribunal de Cristo, falado pelo apóstolo Paulo (Rom. 14:10; II Cor.5:10), consideram que seja uma ocasião para se conceder  galardões, mas não o galardão maior que é o da salvação. Não consideram as cartas às  sete igrejas (Apocalipse 2) como uma enfática abordagem à obediência, ao zelo e à fidelidade. Dentro deste conceito está a interpretação de que não é preciso guardar a Lei de Deus (Dez Mandamentos), não é preciso guardar o dia que Ele determinou, pode-se comer de tudo, etc... A vida cristã é uma mera manifestação de piedade e nada mais.

Outro dia li, de um líder cristão, que a justificação pela fé veio para simplificar as coisas, já que no antigo testamento havia muitas leis e regras difíceis de serem cumpridas. Infelizmente o referido autor desconhece completamente o que é justificação pela  fé. O apóstolo Paulo deixa claro que a Lei é a base de nossa conduta e vivência cristã (Romanos 7:7, 12,14-16), que se não há lei ou se a mesma fosse abolida não haveria pecado, pois o pecado é a transgressão da Lei (I João 3:4; Rom. 7:7). É claro e plenamente compreensível que a desobrigação de realizar os rituais de sacrifício do antigo testamento não atinge a Lei que determina nossa manifestação de amor e responsabilidade para com Deus e ao próximo. Mas aqueles que querem fugir do verdadeiro caminho criam para si sofismas e vários enganos para iludir a si e aos outros (Jeremias 2:19; Mat. 7:13).

A situação deprimente do mundo cristão nos últimos dias foi vista por João na ilha de Patmos. Em sua visão contemplou o remanescente da semente da mulher (igreja), como aqueles que GUARDAM OS MANDAMENTOS e têm o testemunho de Jesus. (Apocalipse 12:17).

Infelizmente os adeptos da teologia da liberação podem ter uma surpresa desagradável ao ouvirem do Senhor, naquele dia, a seguinte declaração: “Não vos conheço, apartai-vos de mim ...” (Mateus 7:22,23); apesar de terem operado milagres, profetizado e expulsado demônios. Aos filhos sinceros e fiéis na presente época, é dado a incumbência de serem “reparadores de roturas e restauradores de veredas” (Isaías 58:12). No fim na história deste mundo a verdade se contrasta com o engano, e por isto os povos hão de serem julgados (II Tes. 2:12).

 

Aguinaldo C. da Silva