Sete Razões Em Que o Sábado Traz Divina Paz
E Descanso Para a Vida
Seminário do Dia do Senhor–II

Dr. Bacchiocchi

 
Introdução

        [Dr. Carl Coffmann, Chefe do Depto. de Religião da Universidade Andrews]:

        Bem-vindos à segunda sessão deste Seminário do Dia do Senhor.  Na primeira sessão o Pr. Bacchiocchi narrou a empolgante história de como o Senhor o conduziu a uma universidade do Vaticano, em sua busca por mais profundo entendimento de qual é o Dia do Senhor e o que deve representar para a nossa vida cristã hoje.
Nesta sessão o Dr. Bacchiocchi apresentará alguns benefícios práticos da observância do sábado. O seu título dá enfoque à necessidade humana, “Descanso divino para a inquietude humana”. Este é o título de seu último livro que já foi traduzido para 10 idiomas. Ele sumariará alguns dos pontos altos desse oportuno estudo sugerindo sete maneiras pelas quais a observância do sábado nos permite que Nosso Salvador enriqueça nossas vidas com uma medida maior de Seu próprio descanso e paz divinos.
        Antes da apresentação do Dr. Bacchiocchi ouçamos novamente as significativas palavras do hino, “Quando paz como um rio me segue no caminho”, cantado pelo tenor Kerry MacCombs. Sua esposa Tammy o acompanha ao piano.
        Oremos para que ao longo desta mensagem, do cântico, e da palavra falada, Deus possa nos ajudar a ver como cada de um de nós pode experimentar paz verdadeiramente como um rio em nossas almas.
Oremos: Nosso Pai, em Isaías 26:3 prometeste que podemos ter perfeita paz quando nossas mentes permanecem em Jesus. Isto todos precisamos tanto, e ao estudarmos sobre o sábado de Jesus e as bênçãos que Ele tem para nós em relação com o Teu Santo dia, que nossas taças possam transbordar com gozo e paz celeste, em nome de Jesus, amém”.

Apresentação musical por Kerry McCombs, estudante da Universidade Andrews, cantando “Paz Como Um Rio”, acompanhado ao piano pela esposa Tammy.

        Muito obrigado Kerry e Tammy por trazer-nos outra inspiradora mensagem em cântico, um cântico que mui adequadamente nos introduz ao estudo de nossa segunda sessão, intitulada, que vamos estudar juntos, “Como a Celebração do Dia do Senhor nos pode ajudar a experimentar paz como um rio em nossas almas”.
Bem-vindos amigos a esta especial segunda sessão de nosso seminário do Dia do Senhor. Permitam-me dizer que fiquei muito gratificado em ver a cálida recepção e resposta a minha primeira apresentação. Estavam todos ouvindo atentamente ao relato de como o Senhor me conduziu àquela universidade do Vaticano em minha busca por entendimento e experiência mais profundos do dia santo de Deus.
        Nesta segunda apresentação, como o Pr. Coffman mencionou há pouco, desejo compartilhar com vocês alguns dos pontos altos de meu último livro, Divine Rest for Human Restlessness [Descanso divino para a inquietude humana]. Este é um estudo que trouxe tremendo enriquecimento à minha vida e espero que alguns dos pensamentos que compartilharei com vocês a partir desse estudo esta tarde também se comprovem uma bênção na sua vida.
        Vivemos hoje num mundo cheio de tensão, uma sociedade inquieta, agitada, em marcha acelerada, não é mesmo? Esta é uma sociedade em que as pessoas vivem correndo—correndo para o desjejum, correndo para o trabalho, correndo para o almoço para correr de volta ao trabalho, correndo para retornar para casa em meio ao horário mais agitado do trânsito, talvez para correr em realizar tarefas caseiras, consumir correndo um lanche para, talvez, correr novamente para outra série de atividades noturnas antes de correr de volta para a cama para reiniciar a correria toda no dia seguinte. Esse tipo de vida de correria leva ao que um destacado cardiologista americano, numa recente matéria do periódico US Today, chama de a Doença do Corre-Corre. Quando eu ouvi falar da Doença do Corre-Corre julguei que se tratava de uma frase de efeito, mas o médico autor do artigo explica que essa não é uma frase de efeito, mas uma desordem patológica real que ele identificou após 20 anos de pesquisa e explica alguns dos sintomas dessa doença. Algumas delas são, doenças cardíacas, resfriados, gripe, estresse, tensão, e assim por diante.
        A fim de ajudar as pessoas a encontrarem solução para esse tipo de problema os médicos muitas vezes advertirão os pacientes a irem mais devagar, a relaxarem, a descansarem, é verdade, mas já notaram como é difícil encontrar esse descanso, relaxamento e paz interiores? Há tantos em nossa sociedade que tentam suprimir suas tensões interiores, talvez unindo-se a clubes de saúde, programas de controle de estresse, programas atléticos, todos tentando encontrar paz e descanso interiores, mediante o tirar férias, ir para a Ilha da Fantasia, ou talvez tomando tranqüilizantes, algum álcool, algumas pílulas.
        Uma recente edição da revista Time traz como artigo de capa o problema do estresse—“Estresse, buscando curas para a ansiedade moderna”. E o autor da matéria, que realizou a pesquisa para o artigo, destaca que as três drogas mais vendidas nos Estados Unidos hoje são relacionadas com tensão emocional. Assim, sabemos que as pessoas estão hoje tomando pílulas às toneladas a fim de aquietarem essa tensão e inquietude em seu interior. Mas a experiência nos diz, caros amigos, que o verdadeiro descanso e paz interiores se encontram, não mediante pílulas, nem partindo para a Ilha da Fantasia, lugares bem distantes, mas mediante o relacionamento da pessoa com nosso Senhor Jesus Cristo que diz em Mateus 11:28: “Vinde a Mim todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei”.
        Não é tão bonito que o verdadeiro descanso é um dom divino, não uma realização humana? Por que precisamos da assistência de nosso Salvador Jesus Cristo para encontrar descanso e paz  interiores? Para mim a resposta parece se achar no fato de que o verdadeiro descanso e paz  interiores não ocorrem por acidente. Não são apenas determinados por fatores externos, como pílulas ou lugares, mas é o resultado de harmonia interior dos componentes físico, mental e espiritual de nosso ser.
        Permitam-me perguntar: podem vocês, posso eu, podemos nós harmonizar por nós mesmos—os componentes físico, mental e espiritual de nosso ser? Podemos fazê-lo por nós mesmos? Bem, podemos colocar nosso corpo cansado e tenso sobre uma cama,  mas significa isso que teremos repouso e paz e tranqüilidade interiores? Não necessariamente. De fato se bem no íntimo de nossa alma estamos tensos e atormentados não teremos descanso, mas agitação, tensão, às vezes até pesadelos, não é verdade? Parece-me que a vida tem vários componentes como num coro, ou orquestra. Precisam de direção, ou de um maestro, para combinar as várias partes e produzir música harmoniosa.
        Do mesmo modo, os componentes físico, mental e espiritual de nosso ser precisam da direção e nosso Mestre e Salvador Jesus Cristo, é o Único que será realmente capaz de harmonizar nosso ser total.
A questão é como podemos permitir que o Salvador traga harmonia, paz e descanso a nossas vidas? As Escrituras nos dizem que Deus deu à família humana, antes e após a Queda, uma instituição muito vital, o dia do sábado, o dia que foi designado para nos aliviar de nossa tensão diária e inquietude a fim de que, como lemos em Hebreus 4:10, possamos entrar no descanso de Deus. A pergunta é, como o sábado realmente nos ajuda a entrar no descanso divino, experimentar esse senso de paz, descanso e renovação em nossa vida?
Gostaria de compartilhar com vocês nesta segunda apresentação sete modos específicos que descobri em minha própria vida pessoal em que o sábado pode nos ajudar a experimentar mais livre e plenamente a consciência e intimidade da presença e paz em nossa vida.
        A primeira forma em que descobri que o sábado traz paz e descanso divinos para nossa vida é por semanalmente nos reassegurar que nossa vida tem significado, valor, esperança, sabem por quê? Porque o sábado nos diz que estamos enraizados em Deus desde a Criação até a eternidade. Podemos chamar a isso o descanso da Criação. Este é o descanso que muitas pessoas pensantes em nossa sociedade estão em busca hoje. Há muitos indivíduos inteligentes em nossa sociedade que não têm a menor idéia de onde procedem, não estão bem certos por que estão aqui e têm dúvida de aonde vão. Conseqüentemente, como se sentem frustrados, desapontados, desiludidos pela falta de sentido para a vida que levam dia após dia sem saberem para onde estão indo. Alguns, talvez influenciados pelo livro e filme Raízes, por Alex Hailey, estão tentando encontrar sentido em sua vida por pesquisarem quem foram os seus ancestrais em arquivos e bibliotecas por todo o país. Talvez estejam ansiosos por descobrir que em sua linha de ascendência houve alguém de prestígio, de “sangue azul”, tentando descobrir se talvez o seu tataravô foi um príncipe ou até o papa, e assim teriam “sangue azul”, santo sangue fluindo em suas veias! Assim eles podem julgar-se de valor para alguma coisa.
Mas permitam-me dizer-lhes, caros irmãos e amigos em Cristo que mediante o sábado o Salvador nos concede uma segurança muito superior, a tranqüilizante segurança de que nossas raízes ancestrais são boas, porque o sábado nos ensina que somos enraizados em Deus, desde a Criação e por toda a eternidade. O sábado nos concede a segurança de que não somos produto do acaso. Há muitas pessoas que gostariam que crêssemos exatamente nisso, que viemos a este mundo sozinhos, e eles chamam a isso “geração espontânea”, mas ao vocês e eu celebrarmos o sábado teremos que dizer que isto não faz sentido. Por quê? Porque este dia, o dia de sábado, nos traz à lembrança, nos ensina e nos convida a celebrar, comemorar, o belo fato de que não somos o produto do acaso, mas o produto de escolha, a escolha viva e amorável de nosso Criador e Salvador Jesus Cristo.
        Lemos esta bela mensagem do sábado bem aqui no relato da Criação, onde, como se lembram, o sábado é apresentado como a culminação, celebração, inauguração do perfeito início do ser humano.
Notaram que a Criação e bênção da humanidade que encontramos em Gênesis 1, vs. 26 a 31 são imediatamente seguidos pelo relato da criação e bênção do sábado do sétimo dia em Gênesis 2, vs 1-3.
Em perguntaria: Por que se dá que a criação e bênção do sétimo dia nas Escrituras aparecem imediatamente após a criação e bênção da humanidade? A resposta é bastante óbvia: é que Deus desejava celebrar naquele primeiro sábado o perfeito início deste mundo. Ele desejava celebrar o aniversário deste mundo com o primeiro casal humano.
        Não é interessante notar que o primeiro dia completo de vida de Adão e Eva não foi um dia de trabalho passado fazendo coisas ou admirando a Deus enquanto criava coisas maravilhosas, mas o primeiro dia completo de sua vida foi um dia de sábado, que passaram em doce comunhão com o seu Criador, celebrando a perfeita origem, a criação deste planeta com suas várias formas de vida?
        Vejam, amigos, que celebrar o sábado significa, primeiramente, experimentar esse descanso da Criação, que é a segurança tranqüilizadora de que nossa vida carece. A despeito de tragédias, a despeito de sofrimento, a despeito de sua futilidade, o sábado nos recorda que nossa vida tem significado, tem valor, tem esperança, pois ao celebrarmos o dia de sábado nós celebramos o fato de que viemos a este mundo num modo perfeito mediante o Deus que nos criou de modo completo e perfeito e, meus amigos, se eu posso crer que o meu início foi perfeito, tenho razões para crer e esperar que também o meu final, o meu destino, será perfeito, não é mesmo?
Assim, penso que muita gente não conta com paz mental, não revela tanta esperança para o futuro porque não tem segurança quanto ao seu início. E se o seu início é incerto, o final também será incerto! Podem acompanhar meu raciocínio?
        Mas quando vocês e eu celebramos o sábado celebramos o fato de que somos o produto de um Criador vivente e amorável que nos criou perfeitamente, nos redime completamente e assim temos razão para crer que Ele também é Aquele que nos restaurará por fim. E esse repouso sabático não é somente um descanso da Criação, mas é o descanso da redenção e o descanso da restauração. Significa viver com descanso e paz em nossa vida.
Uma segunda maneira pela qual podemos descobrir que o sábado pode nos ajudar a experimentar o descanso do Salvador em nossa vida é por propiciar uma oportunidade singular de experimentar a consciência da paz e presença de Deus em nossa própria vida.
        Foi a presença de Cristo que trouxe paz e calma às águas perturbadas do Mar da Galiléia e é a segurança da presença de Cristo em nossa própria vida que nos dá um seguro senso de paz e segurança ao nosso viver. Falemos por um momento a respeito desse segundo descanso, que é o descanso da presença divina.
Sim, esta é a essência da santidade do sábado. Permitam-me perguntar-lhes—o que torna o sábado santo? A Bíblia repetidamente fala do sábado como um dia santificado, mas o que o torna santo? É a estrutura do dia? Eu diria, não, porque, afinal de contas, o sábado é um dia de 24 horas como os demais da semana, não é verdade? O que então é que torna o sábado santo?  Não é nada mais que a promessa de Deus de que ao longo desse dia escolheu manifestar a Sua presença em sua e minha vida. Em outras palavras, é a presença de Deus, não é verdade?
        Foi a presença de Deus manifestada na sarça ardente que tornou aquele lugar santo. A presença de Deus manifestada ao longo do sétimo dia em nossa própria vida é que torna o dia santo. É por isso que muitos se referem ao sábado como um santuário no tempo. Um santuário que superou a queda, o dilúvio, a escravidão egípcia, o exílio babilônico, a legislação anti-sabática romana, superou todas as tentativas feitas por concílios e papas para dar fim a ele, e tem sobrevivido à introdução temporária da semana de 10 dias durante as revoluções francesa e russa, e sobreviveu ao materialismo e secularismo contemporâneos, antinomianismo, sim, o sábado ainda é um santuário no tempo, e um santuário que nos convida toda semana para entrarmos por seus portais deixando de parte nossas preocupações e cargas seculares a fim de experimentar a consciência de intimidade da presença e paz de Deus em nossa vida. Sim, o sábado tem sido um santuário portátil em minha própria vida. Eu gosto de chamá-lo santuário portátil que tenho sido capaz de carregar comigo, especialmente quando estava longe de casa e dos membros da igreja.
        Passei seis verões na Riviera Adriática vendendo literatura cristã para obter meu estipêndio e retornar ao colégio em Florença. Eu me lembro como durante a semana tinha que defrontar tanta hostilidade, de parte de autoridades civis e religiosas, dispostas a me punirem porque eu estava distribuindo Bíblias e literatura cristã que não traziam o imprimatur oficial, ou aprovação, da Igreja. Logicamente eu não poderia conseguir a aprovação, nem poderia obter a permissão, e assim tinha que começar o meu trabalho de colportagem o mais longe possível da praça pública, onde se localizava a catedral, de modo que pudesse fazer algumas vendas antes que a notícia de minha presença alcançasse o sacerdote ou os carabinieri [policiais]. Às vezes ao saber que a notícia já os havia alcançado eu saltava na minha moto e corria para a próxima cidade antes que a polícia estivesse a minha caça. Às vezes eu não conseguia, e era esbofeteado por distribuir literatura não-autorizada. Sim, hostilidade de autoridades civis e religiosas, hostilidade de meus clientes que sempre temiam ser contaminados por aquelas Bíblias porque não traziam a bênção da Igreja, hostilidade de meus familiares que me concediam hospitalidade, sim, mas valiam-se de toda oportunidade para lavar-me o cérebro a fim de ganhar-me de volta para o aprisco católico.
        Amigos, quando a noite de sexta-feira chegava e eu iniciava a observância do sábado no isolamento de meu quarto, costumava dizer: “Graças a Deus, é sábado”. Assim, por um dia eu podia esquecer o mundo hostil ao meu redor e entrar no descanso de Deus para o que fomos criados.
Não havia igrejas perto. A igreja mais próxima ficava a centenas de quilômetros de distância e ali estava eu sozinho, em meu quarto, mas, posso lhes dizer, nunca me senti sozinho, sabem por quê? Porque o sábado sempre trazia à minha vida a garantia da presença de Deus. Ao entrar na guarda do sábado eu sentia de modo especial que Deus estava perto de mim e eu perto Dele. Sim, o sábado tem sido para mim e para incontáveis crentes ao longo dos séculos o dia em que nem mesmo sacerdotes ou cadeias podem barrar a presença de Deus de iluminar a alma do crente.
        Creio ser um sóbrio pensamento imaginar o sábado como o dia em que experimentamos de maneira especial a consciência da presença de Deus. Quando tenho o privilégio de estar em casa e iniciar o sábado com minha família gosto de lembrar-me e aos meus familiares que ao darmos as boas-vindas para o sábado, não acolhemos somente um dia, mas o próprio Senhor do sábado, Nosso Senhor Jesus Cristo. Ele é nosso convidado de honra, invisível, sim, mas muito real.
        E é por isso que, creio, o mandamento do sábado nos diz para realizarmos todo o nosso trabalho em seis dias, de modo a que tenhamos o sétimo dia como Tomás Aquino, o grande teólogo tão belamente chamou de “ter um feriado com Deus”. Não é emocionante, chamar o sábado de um feriado com Deus?
Permitam-me perguntar: como seria a sua vida, como seria a minha vida, sem o feriado do sábado, sem o shabbath shalom, a paz sabática e a renovação com Deus do sábado? Sabem como penso que seria? Perdoem-me por dar um exemplo italiano. Para mim seria como comer espaguete sem o molho. Já tentaram isso? Alguns de vocês têm experimentado qualquer coisa. Nós, italianos, não entendemos como os americanos às vezes agem, porque tenho visto americanos comendo espaguete branco, sem molho! Para nós isso é uma coisa incrível, que nunca se deve fazer, pois em nossa cultura sabemos que é o molho que dá o gosto para o macarrão. E tal como um bom molho dá sabor ao macarrão, assim uma alegre celebração do sábado concede alegria a todos os dias de nossa vida.
        Quando eu vejo uma pessoa feliz em minhas viagem pelo mundo, muitas vezes sento-me ao lado de pessoas num avião que são alegres e não posso evitar de perguntar-lhes: “acaso é adventista do sétimo dia?” As pessoas me olham com um ar de admiração, mas aí eu explico que nós, adventistas do sétimo dia, experimentamos a paz, descanso e alegria no sábado e ao longo do sábado todos os dias de nossa vida, assim, quando vejo uma pessoa feliz eu quase me sinto no direito de perguntar se ele, ou ela, é também um adventista do sétimo dia. E se não é eu sempre lhes digo que haverá a oportunidade para se tornar, obviamente.
        Vejamos outro modo pelo qual eu penso que o sábado concede descanso e paz divinas para a vida, ou seja, por livrar-nos da pressão da produção, a pressão da competição. Eu chamaria a liberdade da competição.
Vivemos hoje numa sociedade muito competitiva. Temos que competir no trabalho, nos negócios, e a competição pode desmoralizar, desumanizar, desanimar pessoas, transformar amigos em inimigos. Vocês sabem, aquele empenho de estar à altura dos vizinhos e ter, como eles, dois carros na garagem, e assim há pessoas em nossa sociedade que trabalharão sete dias, pessoas que trabalham até tarde mesmo no dia do Senhor, em dois empregos, e trabalham mais e mais, e nunca parecem satisfeitas. Não é verdade que nosso coração é insaciavelmente cobiçoso? Permitam-me dizer, amigos, que a função básica do sábado é ensinar nosso cobiçoso coração a como sermos gratos. Quando o sábado começa na sexta-feira à noite é o shabbath, e se você perguntar a um judeu ele lhe dirá de imediato que shabbath significa o tempo de parar, e parar não somente o trabalho, mas parar de ser cobiçoso, parar de buscar mais.
        O sábado nos ensina a sermos gratos. Uma das grandes festividades em sua cultura americana é a celebração do Thanksgiving [dia de ação de graças], e o sábado nas Escrituras nos é dado como nosso dia semanal de ação de graças. É o dia em que deixamos de ser cobiçosos, paramos de buscar obter mais e começamos a ser gratos e a contar as bênçãos recebidas durante a semana que findou.
Quero lhes dizer isso, meus amigos. Espero que se lembrem disso: um coração grato é a moradia da paz de Cristo, e o sábado, por ensinar nosso coração a ser grato, nos ajuda a experimentar mais plena e completamente a paz e descanso de Cristo em nossa vida.
        Uma quarta maneira em que vejo que o sábado nos ajuda a experimentar a paz e descanso do Salvador em nossa vida é por renovar em nós o senso de pertencer a Deus. Podemos chamar a isso o descanso do pertencer. À raiz de muita tensão e inquietude hoje em dia há o senso de não pertencer a alguém ou a algo, não é verdade? Quando as pessoas não têm senso de pertencer em sua vida, realmente se sentem sem um senso de valor, senso de identidade, sentem-se como sem motivação.
        Uma graciosa senhorita chegou para falar comigo em meu escritório e ela me disse: “Vou parar de estudar”. Eu reagi: “Como, vai parar, você está indo bem em minha matéria”. E ela respondeu: “Meu namorado rompeu comigo, minha vida está destruída e não tenho mais senso de pertencer, não tenho motivação”.
Não é verdade que quando não temos este senso de pertencer, não mais temos senso de valor, motivação, que é tão necessário para realizações na vida? Como expressamos esse pertencer, mediante palavras? Sim, mas não é verdade que em dias especiais, como o dia das mães, o dia dos pais, o dia dos namorados, os aniversários, não escolhemos algum presente que simbolize o que sentimos, um presentinho, um cartão que nos ajudem a expressar simbolicamente como nos sentimos a respeito, não é verdade? E o que me impressiona nesta minha pesquisa sobre o Dia do Senhor é que Deus também, na história da salvação, não apenas falou-nos nesta vida, mas também nos ofereceu muitos sinais e símbolos para nos ajudar a conceptualizar e experimentar a realidade de nosso pertencer a ele. A Bíblia, por exemplo, fala do arco-íris, da circuncisão, do cordeiro da Páscoa, da Santa Ceia, mas essas coisas são todas sinais para nos ajudar a conceptualizar nossa experiência de pertencer a Ele.
        O que achei muito impressionante em minha pesquisa foi que juntamente com todos os sinais que foram dados, o sábado é o que ocupa um lugar muito especial. É especial em sua origem porque é o primeiro sinal, tratando com a família humana, antes e após a Queda. É singular em sua sobrevivência, pois tem sobrevivido ao longo dos séculos, a despeito de repetidas tentativas que se empreenderam para acabar com ele.
        É especial em sua função, porque funciona como o sinal por excelência da divina eleição e missão do povo de Deus. Cinco vezes o sábado é apresentado nas Escrituras como o sinal de pertencer, ou melhor, o sinal do concerto. Lemos a respeito disso pela primeira vez no segundo livro da Bíblia, o livro de Êxodo, capítulo 31, vs. 13. Aqui Deus fala ao povo de Israel por meio de Moisés dizendo: “Tu, pois, falarás aos filhos de Israel, e lhes dirás: Certamente guardareis os meus sábados; pois é sinal entre mim e vós nas vossas gerações; para que saibais que eu sou o Senhor que vos santifica”.
        Como sabem, a palavra “santificar” significa “separar”, “pôr de parte”. E aqui Deus concede o sábado como o sinal de que o Seu povo foi separado, pertence a Ele e Ele a esse povo. Permita-me perguntar-lhes: Por que Deus escolheu o sábado como sinal de pertencer, como o sinal de expressarmos nosso compromisso de concerto com Ele?
        No quarto capítulo de meu livro Divine Rest For Human Restlessness eu sugiro sete razões específicas para a divina escolha do sábado como o sinal de pertencer. De fato, como notarão, o título do capítulo é, “O Sábado, Boas Novas de Pertencer”. Gostaria de compartilhar com vocês os sete pontos desse capítulo, mas dadas as limitações de tempo gostaria de compartilhar a primeira razão que eu menciono nesse capítulo.
        A primeira razão me é sugerida pelo fato de que o sábado é apresentado nas Escrituras como o sinal de divina posse. É-nos dito que quando observamos o sábado estamos reconhecendo e proclamando que Deus é o Criador, ou seja, o dono do céu, da terra, do mar e de tudo o que há no meio, e isso inclui vocês e eu. E o que significa isso? Que se nós no sábado reconhecemos que Deus é o dono do mundo, então Ele é o dono de nossa vida, um reconhecimento de posse. É indispensável para um relacionamento de pertencer, não é verdade?
        Marido e mulher somente e verdadeiramente pertencem um ao outro quando estão dispostos a dizer, “Eu sou seu, e  você é minha”. Quando estamos dispostos a reconhecer essa mútua posse então há um verdadeiro relacionamento de pertencer. E durante todo o sábado Deus nos concede essa maravilhosa oportunidade de dizer a Deus—”Veja, Senhor, eu sou Teu. Estou tomando tempo para reconhecer a Ti como possuidor, criador, redentor, restaurador de minha vida”. Ao mesmo tempo dizemos a Deus: “Deus, Tu és meu”. E quando temos esse senso de pertencer, então temos paz de mente, não é verdade? Temos em grande medida a paz e descanso do Salvador em nossa vida.
        Um quinto modo pelo qual vejo que o sábado traz divina paz e descanso a nossa vida é por quebrar as barreiras sociais, culturais e raciais. Uma das maiores causas de tanta tensão em nossa sociedade hoje é a incapacidade ou indisposição de aceitar a cor da pele, cultura, condição social, de outra pessoa, não é verdade ?
        O que me impressionou  nesta pesquisa que tive o privilégio realizar ao longo de alguns anos lá nos próprios arquivos do Vaticano foi perceber que uma função importante e vital do sábado é a de quebrar as barreiras sociais e raciais para ensinar a todos os membros da família humana a aceitarem e respeitarem uns aos outros. Todo sétimo ano, no ano sabático, o sábado era o grande libertador, o grande nivelador da sociedade hebraica.
        Gostaria que pudessem ler o livreto de Samuel Dresner, intitulado, The Sabbath. O erudito judeu faz um comentário muito pertinente ao dizer: “Durante a semana um judeu pode ser dono de uma floresta, com muita madeira, outro judeu pode ser pobre, talvez ganhando a vida por vender cebola e alho, mas”, diz ele, “quando o sábado chegava eles eram iguais, porque todos saudavam o sábado, com o velho cântico do q'dosh, q'dosh, q'dosh, santo, santo, santo”. E ele diz com muita beleza: “O sábado os tornou iguais”. Não é verdade?
É tão bonito notar e estudar essa função niveladora do sábado. Permitam-me dizer algo. Sabia que ainda que o valor do sábado, o valor humano, a preocupação para a necessidade humana para o sábado fosse entendido, aceito durante a história humana, muitos dos conflitos sociais e problemas que temos não existiriam, sabem por quê? Porque o sábado nos ensina a aceitar e respeitar não só a nós próprios, não só os membros de nossa família imediata, mas percebam que no mandamento do sábado há uma longa lista de pessoas. Ele fala dos servos e das servas, o estrangeiro, e até os animais estão incluídos em nossas preocupações para com o sábado. E permitam-me dizer que, ao nos ensinar a aceitar e respeitar todo o mundo, seja preto ou branco, seja inteligente ou ignorante, seja rico ou pobre, então o sábado quebra as barreiras sociais, raciais e culturais e nos ajuda a viver em paz uns com os outros. Na verdade nos ajuda a experimentar mais da paz e descanso do Salvador em nossa própria vida.
        Uma sexta maneira que vejo como o sábado nos traz divina paz e descanso para nossa vida é por nos permitir, mediante o descanso físico, experimentar a realidade do descanso espiritual, o descanso da redenção, o descanso da salvação.
        O coração humano anseia por uma constante reafirmação de salvação, não é verdade? Não deseja saber, terá Deus me salvo? Como posso ter segurança de que Deus me perdoou? Esta é uma preocupação humana, não é verdade?
        Novamente, uma das grandes descobertas que fiz nessa pesquisa, conduzida nos últimos quinze anos, tem sido que uma das funções na história da redenção tem sido propiciar exatamente essa garantia da salvação divina. O crente hebreu no Velho Testamento e o crente cristão no Novo Testamento mediante a celebração do sábado recebem a oportunidade de experimentar renovadamente a realidade da salvação, redenção e perdão em suas vidas.
        Eu achei muito interessante, muito inspirador descobrir, por exemplo, como os crentes hebreus no Velho Testamento, ao descansarem no sábado e experimentarem o descanso físico, e também experimentar libertação social, libertação das durezas do trabalho e de desigualdades sociais, tinham tal  experiência não só como de cunho pessoal mas—sabem o que descobri?—e m documentos antigos dos hebreus e documentos antigos dos cristãos também descobri que tal experiência era entendida como uma prefiguração, uma antecipação, um tipo do descanso e libertação que o Messias devia trazer ao povo.
        Talvez eu pudesse compartilhar com vocês um texto bíblico, do profeta Isaías, cap. 61, vs. 1 e 2, apenas um exemplo de como o sábado servia para nutrir a esperança da salvação e redenção messiânicas. Examinemos estes textos e notaremos que o profeta está falando sobre o Messias, o ungido. E notem o que ele diz: “O Espírito do Senhor está sobre mim, porque o Senhor me ungiu, para pregar boas-novas aos quebrantados, enviou-me a curar os quebrantados de coração, a proclamar libertação aos cativos, e a pôr em liberdade os algemados; e apregoar o ano aceitável do Senhor e o dia da vingança do nosso Deus; a consolar todos os que choram”.
        Aqui o profeta Isaías fala do Ungido, o Messias (a palavra Messias significa, ungido), e como o Ungido é descrito? Ele é descrito como o que proclama o ano aceitável do Senhor. Eu perguntaria, o que é o “ano aceitável do Senhor”? Se procurarem em qualquer comentário bíblico descobrirão que o ano aceitável do Senhor era o ano sabático, ou o jubileu. Esse era o tempo quando o sábado se tornava o libertador, quando liberdade aos cativos era concedida, as dívidas eram canceladas, os escravos eram emancipados, as propriedades eram reintegradas ao possuidor original.
        Não é belo notar como o profeta Isaías, a fim de descrever a missão do Messias vindouro, toma esta imagem da redenção sabática, a libertação sabática e diz, em simples palavras: “Ouçam, o que o sábado faz para vocês em pequena escala, concedendo-nos cancelamento de dívida, emancipação dos escravos, repossessão de propriedade, o Messias fará em escala muito maior”, percebem o que digo?
E isso nos ajuda a entender por que Jesus iniciou o Seu ministério no dia do sábado! Leiamos isto no evangelho de Lucas, cap. 4, vs. 18 e 19.
        Jesus foi para Nazaré, onde havia sido criado, e naquele primeiro sábado Ele fez o que os eruditos chamam de “discurso programático”, um discurso não natural. E como Ele o fez? Recebendo o rolo do livro de Isaías, e lendo exatamente o texto que lemos há pouco, e que diz: “O Espírito do Senhor está sobre mim, pelo que me ungiu para evangelizar aos pobres; enviou-me para proclamar libertação aos cativos e restauração da vista aos cegos, para pôr em liberdade os oprimidos, e apregoar o ano aceitável do Senhor”.
        E sabem o que aconteceu naquela manhã de sábado após Jesus ler esta passagem que descreve a missão do Messias como sendo o grande sábado de libertação, sabem o que Ele disse? Lucas 4, vs. 21: “Então passou Jesus a dizer-lhes: Hoje se cumpriu a Escritura que acabais de ouvir”.
Posso perguntar, o que Jesus quis dizer naquele dia de sábado, quando Ele disse àquela congregação da sinagoga de Nazaré “hoje esta Escritura se cumpriu”. O que Jesus quis dizer?
        Por muitos anos tenho lido esta passagem sem atentar ao seu real sentido. Finalmente ao entender como o sábado aponta ao Salvador no Velho Testamento, pude então perceber que quando Jesus declarou, “hoje esta Escritura se cumpriu” ele quis simplesmente dizer: “Hoje estou iniciando oficialmente meu ministério redentor, hoje, a salvação prenunciada no sábado, o que o sábado promete em termos de salvação e redenção, se torna uma realidade para cada um de nós”.
        Hoje isto se tornou uma realidade para cada um de vós. Não é belo ver como o Salvador identificou o Seu ministério redentor com o sentido messiânico e redentor do sábado?!
Pena que não temos tempo para um estudo de todo o material sabático dos evangelhos. Há sete episódios de cura no sábado, não dois ou três, como alguns de meus estudantes escreveram ontem na pesquisa, julgando haver somente dois ou três, mas são sete episódios de cura nos evangelhos. E se lerem sobre esses episódios sabem o que encontrarão? Eu achei muito surpreendente de em cada caso Jesus agiu em favor de quem? Em casos de emergência? Todas aquelas pessoas poderiam esperar por qualquer outro dia—cego de nascença, paralítico por trinta e oito anos, aleijado por dezoito anos. . . Oh, essas pessoas poderiam ter esperado por um dia mais. O que significa isso? Que Jesus agiu intencionalmente no sábado, levando restauração física e espiritual a pessoas em necessidade de modo que o sábado pudesse ser lembrado como o dia para celebrar sua completa restauração e redenção física e espiritual.
        Lembram-se do que Jesus disse àquela mulher aleijada no dia de sábado ao ela estar encurvada na sinagoga, Lucas 13:12? Jesus disse: “Mulher, estás livre da tua enfermidade”. Três vezes é usada a palavra “livre”. De fato, o chefe da sinagoga ficou muito brabo. Por quê? Porque para ele o sábado significava regras para serem obedecidas em lugar de pessoas para serem amadas.
        Jesus respondeu àquele homem: “Hipócritas, cada um de vós não desprende da manjedoura no sábado o seu boi ou o seu jumento, para levá-lo a beber?” Obviamente, porque se não derem água aos animais num clima quente eles perdem peso, e Jesus disse: vocês estão muito preocupados com as perdas financeiras de seus animais se não os dessedentarem, mas o que dizer desta mulher? O que dizer dessa filha de Abraão que Satanás manteve prisioneira por todos esses anos? Não deveria ser ela liberta no dia do sábado? Mama mia! A pessoa tem que ser cega para não perceber o sentido redentor do sábado no Novo Testamento. Como aquela mulher chegaria a ver o sábado? No sábado seguinte, não mais estaria encurvada, mas com postura ereta, cantando os salmos de Davi. Não acham que ela iria ver e considerar e celebrar o sábado como o memorial de total restauração física e espiritual? E essa era a intenção do Salvador que fosse o sábado para vocês e para mim.
        Jesus iniciou o Seu ministério no dia de sábado, intensificou esse ministério no dia do sábado e encerrou o Seu ministério na sexta-feira à tarde.
        Em João 19:30 Jesus declarou, “Está consumado”. E tendo dito, Ele repousou na sepultura segundo o mandamento. Não é maravilhoso? A criação foi completada com o descanso de Deus, a Redenção também foi completada com o descanso do Salvador na sepultura.
        Para mim, considerar o descanso do Salvador na tumba é uma tremenda revelação de amor divino. Isto me diz que Deus amou tanto o mundo que não só entrou nas limitações do tempo humano na criação, mas Ele também entrou no sofrimento da agonia da carne humana por Sua encarnação a fim de ser Emanuel, Deus conosco.
        Destarte, à luz da cruz o descanso sabático que resta ao povo de Deus é um tempo para celebrar não só a Criação de Deus, mas também o amor redentor de Deus. À  luz da cruz o sábado é um dia de regozijo para nós de um povo liberto, é o dia em que celebramos nossa vitória, vitória do pecado para a salvação, da morte para a vida.
        Sim, o dia do sábado à luz da cruz é o dia em que interrompemos nosso trabalho porque desejamos que Deus opere na vida de cada um de nós, não é isso belo?
Algumas pessoas dizem—”vocês são legalistas se enfatizam a observância do sábado”, mas isso não faz sentido porque não estamos trabalhando no sábado, e o sábado não é o dia em que trabalhamos por nossa salvação, mas o dia em que descansamos, e esse descanso significa que aceitamos pela fé, e não pelas obras, a maravilhosa provisão da salvação.
        A sétima e última maneira em que verificamos que no sábado o Salvador nos ajuda a trazer descanso e paz a nossas vidas é por propiciar-nos um tempo e oportunidade para o serviço. Podemos chamar a isso o descanso do serviço. O verdadeiro descanso e paz devem ser encontrados, não em isolamento egoísta, mas no serviço altruísta. Isso é basicamente o que Jesus nos disse a respeito do uso do sábado.
        Lembrem-se que Jesus não passava o dia do sábado passeando, olhando as árvores, as flores, contando-as e dando-lhes nomes. Não, o evangelho nos diz que Jesus passava o dia do sábado oferecendo serviço vivo e amorável às necessidades humanas.
Na nossa próxima apresentação, a terceira, gostaria de compartilhar com vocês algumas maneiras práticas em que o sábado nos ajuda a servir a Deus consagrando nossas vidas e tempo para Ele, servindo-nos ao experimentar a renovação física, moral e espiritual, servindo a outros, aproximando-nos de nossos membros da família, nosso cônjuge e às pessoas em necessidade, e também servindo o nosso habitat, o mundo natural ao nosso redor.
        O sábado nos ajuda a servir ao nosso habitat ensinando-nos, como veremos, a sermos os mordomos, ou curadores, da criação em lugar de sermos predadores, ou seus exploradores ou destruidores.
Bem, vimos hoje neste estudo que conduzimos juntos que o sábado pode conceder descanso e paz para as nossas vidas em muitas maneiras diferentes.
        Notamos como por meio do sábado o Salvador nos ajuda a experimentar o descanso da Criação, o descanso da presença divina, o descanso da competição, o descanso do pertencer, o descanso da tensão social, o descanso da redenção, o descanso do serviço. Oremos agora para que Deus ajude a cada um de nós a experimentar, mediante o sábado, uma maior medida da paz e descanso do Salvador em nossa vida.
Oremos:   Nosso amorável Pai no céu, muito obrigado por ter-nos concedido o dom do santo dia de sábado, o dia que pode nos ajudar em tantas formas diferentes a experimentar a Tua paz e descanso em nossa vida. Ensina a cada um de nós, pedimos, a como tornar este dia verdadeiramente um dia de celebração, um dia de renovação moral, física e espiritual, o dia em que permitimos que o nosso Salvador enriqueça a nossa vida com maior medida de Tua divina paz e descanso, amém.

 ATIGOS DO DR. BACCHIOCCHI

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